MEVAD
MANUAL DO INTERCESSOR
‘ Vós porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, afim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz’.
Santo Espírito, os filhos que chegaram ao momento do parto e sentem-se como que sem forças para dar a luz, rogam-Te no nome do Senhor Jesus Cristo, no sentido de avivares a Tua obra em nós nestes tempos.
Senhor Deus, queremos ouvir-Te dizer que chegou a hora de passarmos do estado geral de fé intelectual (onde os nossos pensamentos e ou conhecimentos concebem e alcançam grandes realizações bíblicas), para o estado de fé particular, espiritual e vivificante (onde todos possam realmente crer, ao ponto de permitir que o Senhor Santo Espírito em cada um de nós, nos leve de facto, a fazer muito mais para além daquilo que o Senhor Jesus Cristo fez de forma real na Sua vivência terrena), de forma diária e prática.
Está escrito: aquele que começou a boa obra em vós, certamente a aperfeiçoará. Amém.
I – PREFÁCIO
Decididamente vivemos os momentos mais espetaculares da história da humanidade, no qual o mal representado pelo homem natural, a cada dia que passa, manifesta a sua face aberrante, de forma cada vez mais aberta – I Ped 2 :9.
Se por um lado o homem perverso afirma a sua descrença relativamente a existência de Deus, por outro, promove actos públicos de espiritismo envolvendo sessões de magia, umbanda, kimbanda, xinguilamentos, sacrifícios e oferendas à deuses do mar, dos rios e outros, de forma cada vez mais aberta e barata.
Mesmo não sabendo (ou fazendo de conta), estes revelam carácter espiritual intrínseco a natureza humana. Porém é por demais evidente que o homem natural não tem conseguido discernir o seu lado espiritual de forma consciente, e isto tem afectado negativamente a sua passagem sobre a face da terra. Tal é o caso das pessoas que passam todo ano descrentes, para se tornarem ‘crentes’ apenas por altura da passagem de ano e ou durante alguns dias, para assim e em nome do seu deus, satisfazer os seus desejos carnais: O dia 25 de Dezembro é o dia em que mais se peca contra Deus e isso prova que a religião também é um meio pelo qual o diabo engana e destrói muitas vidas – II Cor 11 :13 – 15.
II – OPORTUNIDADE ÍMPAR
1 – O tempo : I Ped 1 :6-12 – Vivemos nos tempos de hoje, dentro do terceiro milénio, dentro do vigésimo primeiro século, ou melhor, dentro da sétima dispensação do tempo da graça. Vivemos o limiar da segunda vinda gloriosa de Cristo.
Este facto, obriga a que cada cristão assuma uma atitude de vigilância e empenho dobrados em prol do Reino de Deus que tem em Cristo o Cérebro central ou o Cabeça, cuja acção é canalizada na Igreja, o núcleo central onde são processados todos os elementos espirituais relativos a missão a partir da terra – Ef .3 :10.
2 – A provisão que temos : Mat 3 :11 - Isto significa a presença gloriosa de Deus com toda a Sua plenitude no cristão = Verdade como o Verbo Criador em João 1 :1 e podemos descrevê-la da seguinte forma :
3 – A Glória que temos: Act 2 : 18-19 – Trata-se da manifestação de Deus por intermédio do cristão = Realidade como o Verbo que se fez carne em João 1 :14, representada da seguinte forma :
4 – O trabalho que temos: II Tes 3:10 – O trabalho dignifica o homem e significa a sua acção frutífera em determinada área. Trabalhar não se limita ao esforço que se faz, mas sim no resultado do esforço que se faz e para tal, é fundamental que possuamos o elemento de valor que se chama crença ou convicção.
5 – A crença : Heb 11 :1,6 – A fé constitui o elemento primário para a obtenção dos resultados que se esperam, ou seja, constitui o elo que liga o cristão ao alvo que se pretende alcançar de Deus, facto pelo qual em Marcos 9 : 23, a Bíblia diz que tudo é possível ao que crê. Outrossim, é fundamental e imperioso que o cristão tenha em primeira instância, plena convicção relativamente a posição e condição certa de cada interveniente do cenário espiritual em que se encontra inserido, nomeadamente :
Agora que você leva esta convicção ou crença nesta batalha que pertence ao nosso Senhor, pode estar seguro de que verás a manifestação da realidade da verdade bíblica para a tua vida, em nome do Senhor Jesus Cristo.Amém.
III – A DISPOSIÇÃO DA BATALHA
a) O Deus Soberano : Ex 3 :14, Apoc 4 :11 – O Pai de todos os espíritos coloca nesta batalha à disposição do cristão, tanto armas ofensivas como defensivas (II Cor 10 :4), a saber :
a.1) Ofensivas : A palavra de Deus, O nome do Senhor Jesus Cristo, a
unção, a graça, os dons de manifestação, os anjos de guerra…
a.2) Defensivas : O Sangue de Jesus, a fé, os anjos protectores.
b) O universo: Gen 1 :1 – O universo foi criado por Deus e está completamente à Sua disposição. Todos os seres criados, visíveis ou invisíveis, estão sob o Seu controlo.
c) As Forças de gloria :Heb 1 :13-14 – Estas forças têm como Comandante Supremo o Senhor dos Exércitos ou simplesmente o Espírito Santo que é assistido por dois príncipes – Zac 4 :12-14 – , os quais comandam dois exércitos distintos, sendo :
d) As hostes das trevas : Ef 2 : 1-2 – As forças do mal são comandadas por Lúcifer que também é chamado por Lucio ou Natas e ainda ‘o grande mestre’ pelos seus seguidores, e de uma forma genérica estão organizadas da seguinte forma (Ef 6 :12) :
d.1- A estratégia do inimigo: I Ped 5:8 – O ataque do inimigo se processa geralmente da seguinte forma:
- Rugir: Primeira fase do ataque na qual os demônios exercem pressão permanente sobre as pessoas através de problemas e ou outras situações aflitivas por forma a causar medo, insegurança, tristeza, desespero ou frustração, que provocaria um desequilíbrio no seu sistema de segurança emocional e espiritual.
- Tragar : Fase em que após ter destruído o sistema de defesa da estabilidade espiritual e emocional da pessoa pelo rugido, os demônios passam a possuí-la.
IV – A INTERCESSÃO I Tm 2:1-3
a) O Espírito Santo : Act 13:2 – O Espírito Santo é o comandante Supremo do exército de salvação e dentre outras, tem como missão :
- Dar revelação: Trazer ao conhecimento da nossa mente as coisas que pertencem ao Espírito, associando-nos desta forma e de forma consciente, ao Seu pensamento – Ef 1:16-21
- Ungir : Is 61 :1 – Consagrar ou dar a capacitação sobrenatural necessária ao cumprimentos da missão – Act 1:8 .
- Guiar: Conduzir ou levar às águas tranqüilas (victória) por amor do Seu nome – João 16 :13 , Act13 :4.
- Ensinar : Dar forma ao discípulo, por forma a que este uma vez bem instruído, atinja a estatura do seu Mestre – Luc 6 :40, I João 2 :20,27.
- Glorificar ao Senhor Jesus Cristo: Faz com que toda a língua confesse e que todo o joelho se dobre ao nome do Senhor Jesus Cristo de forma visível – João 16 :14.
b) O intercessor : Ez 22 :30 – É o elo de ligação entre o céu e a terra e tem por missão tapar a brecha penetrando no mundo espiritual, para criar o espaço necessário a intervenção divina, que permita a igreja cumprir com a sua missão.
O intercessor é um soldado de ataque e por isso deve impor a vontade de Deus, em detrimento dos planos, dos conselhos e de toda altivez do inimigo, através da sua oração poderosa – II Cor 10 :4-6.
b.1 – Qualidades do intercessor:
- Seu chamado : Jer 23:22, Mal 2:7 – por Deus
- Sua personalidade : II Tm 2 :15 – maturidade espiritual
- Seu caráter : Tito 2:7-8 – equilíbrio emocional
- Seu fundamento : I Cor 13 :13 – o amor
- Seu testemunho: I Tm 3:1-7 – exemplar, referência para as outras pessoas.
- Sua força : Js 1:8 + I Tes 5:17 – a meditação e a oração
- Sua base: I Ped 1:15 – A santidade, a base de apoio do intercessor que significa:
c) A oração: I Tes 5 :17 – De uma maneira geral, a oração significa o acto em que manifestamos a nossa dependência à Deus, sendo o meio pelo qual nos comunicamos com Ele, através de uma relação em que tanto falamos ao Pai, como ouvimo-Lo falar à nós. A oração pode ser feita no entendimento (usando palavras do nosso vocabulário normal), ou no espírito (através do acto de falar línguas estranhas que é uma forma de auto-edificação pessoal – I Cor 14: 3 + Jud 20). É na oração onde transmitimos o nosso coração à Deus, esperando receber Dele a resposta desejada.
c.1) Quanto a intercessão: Act 12:5 – Ela constitui a fase da oração em que interpelamos à Deus a favor de outras pessoas, mormente da nossa família, da igreja, dos Pastores, do nosso governo, da nação etc, cobrindo desta forma o fosso existente entre a situação que se pretende seja mudada e o Deus Todo Poderoso sempre disposto a intervir, pela oração do cristão.
d) A batalha: Ef 6:12 – A batalha é real e permanente, não apenas porque o inimigo procura sempre por uma brecha por onde atacar, mas sobretudo porque nos foi dada a missão de atacar as portas do inferno que de maneira alguma, poderão resistir contra nós – Mat 16:18. Não somos daqueles que reagem quando são atacados, mas sim daqueles que vivem causando males constantes ao reino das trevas, através do testemunho de Cristo que de forma permanente, portamos conosco. Amém.
- Incredulidade : Receio ou falta de fé suficiente ao êxito da missão – Mat 17 : 18-20.
- Medo : Insegurança em relação a supremacia sobre o inimigo – Ex 14:15-16, Mat 14 :29-31.
- Distração : falta de prudência, ou não centrar-se no essencial - II Tm 2 :23.
- Desorganização: falta de consistência no sistema ou na estratégia para o cumprimentos da missão – Mat 21 :12-13.
- Ignorância : Limitações ou falta de conhecimento integral de todos os elementos que concorrem para o êxito da missão - Oséas 4 :6
- Irresponsabilidade: Falta de consagração em relação a missão – I Tm 4 :14-15.
- Desunião : Falta de espírito de corpo necessário ao êxito da missão – I Cor 3 : 1-5.
- Falta de progresso real na vida das pessoas.
- Passividade em relação ao pecado.
- Cansaço manifesto em relação à obra: As pessoas apresentam mais desculpas que resultados - Mat 25:24-28, Tito 2 :9b.
- Falta de consenso nos encontros de decisão importantes para o andamento da obra, por falta de uma visão objectiva e real do estado espiritual da congregação. As pessoas falam muito mas dizem pouco – Act 15:1-2.
- Falta do espírito de auto analise e de perdão mútuo traduzido na manifestação da humildade, capaz de levar a pessoa a reconhecer facilmente o seu erro e confessar, dentro do amor de Cristo – I Ped 5:5
- Sentimento de solidão ou abandono pelos restantes membros.
- Julgamento: Mat 7:1 – Sentimento de condenação e auto-condenação e de justificação e auto-justificação.
- Ensino claro da Palavra de Deus : Col 3 : 16 – A Palavra de Deus é a verdade que liberta o Homem – João 8 :32 – .Por isso, é necessário que todo o nosso castelo espiritual seja edificado sobre a Palavra, por forma a impedir que hajam fendas por onde o inimigo possa tentar penetrar.
- Permanente preparação para a guerra : Quando aceitamos e recebemos o Senhor Jesus Cristo, a benção que recebemos de Deus foi o poder de sermos feitos filhos Seus, o que significa dizer que sendo o conflito entre a Luz e as trevas permanente, nós, os filhos de Deus, também fomos chamados como opositores permanentes das trevas – II Cor 6 :14-18.
- Conhecer os métodos de Deus : Amos 3 :7 – O nosso Pai Celestial é pragmático. Ele tem as Suas formas de actuação que por sinal são infinitas. Porém, pelo facto dEle nos ter associado na Sua obra, também providenciou necessário revelar-nos toda a Sua vontade, em relação a Sua acção dentro do cenário em que estivermos inseridos e ou para o qual requeira a nossa participação.
- Declarar a verdade : Act 4 : 19-20 – Devemos estar sempre prontos para falar aquilo que vimos, ouvimos, ou recebemos de Deus, com fidelidade.
· O poder da oração: Mat 18:18 – Em termos gerais e, sempre que se estiver dentro da vontade de Deus, a oração do cristão poderá :
- Mover o coração de Deus – Ex 32:7-14
- Trazer o céu à terra – I Reis 18 :36-39
- Mudar o curso dos eventos – Mat 24:20
- Mudar o estado das coisas visíveis ou invisíveis – Jos 10 :12-13, I Reis 18 :41-45.
V – A MEVAD : Como já estudamos antes, a MEVAD é um ministério de evangelização das nações que tem por missão pregar a mensagem da restauração da igreja, neste tempo do fim.
Este Ministério que é composto por Comunidades Cristãs com missões especificas representando-o em diversos países, em termos gerais, encerra na sua essência, os elementos espirituais que se resumem no seguinte :
Para tal é fundamental que se tenha sempre em consideração que Deus não habita em templos feitos por mãos humanas, sendo que apenas cultuamo-Lo por baixo de tectos, para abrigarmo-nos dos fenômenos naturais susceptíveis de constituir detrimento à uma boa disposição, necessária a adoração em espírito e em verdade.
Outrossim, importa referir que, no conjunto de dons do Espírito Santo no Homem existem a unção e a graça, como sendo os elementos de manifestação mais visíveis na vida do cristão que significam :
- Unção : Capacidade sobrenatural de Deus no Homem, capacitando-o a agir em determinada área do corpo de Cristo com sucesso. Constitui uma arma de ataque que tem por missão destruir todas as muralhas e obstáculos edificados pelo inimigo – Is 10 :27, I João 2 :20,27.
- Graça : Constitui outro elemento sobrenatural de Deus no Homem tão importante quanto a unção, pois que sua missão consiste em dar gosto a vida visitada pela primeira. Quando a unção vem, ela quebra os grilhões, ela quebranta os corações, mas é a graça que insta as pessoas a viverem a verdade recebida, mesmo quando ela toca profundamente o nosso ser. A graça vem também para agir como bálsamo que alivia as dores ou o cansaço que pode chegar com a libertação.
Oração: De todo o coração, pedimos ao Senhor Santo Espírito no sentido de revelar e inculcar nos Seus soldados na terra, os ministérios ligados à nossa vida intercessora, para a Sua Glória e para a nossa felicidade em nome do Senhor Jesus Cristo. Amem.